Quero falar de uma coisa, de algo triste, de uma tragédia,
de jovens vidas que se foram na curva da estrada. A dor dos pais, dói no peito
de cada um de nós que sentimos a empatia, a compaixão e o carinho por alguém que
amamos de todo nosso coração e que se foi sem aviso, de repente, de uma hora
para outra e com quem com vida, não encontraremos mais.
A saudade será para sempre o nome certo desse amor, a
lembrança dos momentos acontecidos, a consternação por um destino que parece
ter sido injustamente interrompido, o sorriso do menino, o piscar dos olhos da
menina, que para sempre ficará na lembrança de quem por aqui passou e sua
presença marcou. O peso nos é dado de acordo com tamanho de nossas costas,
suportar a dor é possível, mas é duro e triste chorar a morte de um filho, que
é o revés de seu parto, de seu nascimento, melhor lembrar o berço.
Estudantes de coração, bem aqui do lado, bem mais perto que pensamos,
ficaremos aqui tomando conta da amizade, dos seus sonhos que ficaram espalhados
no caminho, mas que ainda vão dar flor e fruto, ficaremos aqui cuidando melhor
da juventude e fortalecendo ainda mais nossa fé.
Que Deus esteja com quem partiu e com que ficou, consolando,
sustentando e dando força para passar por esse momento tão doloroso. Que a morte do que se ama, mesmo ferindo nosso
coração, não nos tapem os ouvidos, porque hoje metade de nós será lamento, e a
outra metade, silêncio...