Desejo não é pecado

“Amor é o desejo irresistível de ser irresistivelmente desejado.” (*Robert Frost)

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A musa da firma

Jujú foi eleita a musa da “firma” pela segunda vez consecutiva, já tinha vencido a competição de bumbum mais belo, agora no final do ano é realizada uma eleição, super séria, com mesários, urna e tudo que se tem direito. Claro que é uma celebração extra-oficial, mas muito bem-humorada. A ala feminina da empresa no inicio torcia o nariz porque achava uma competição machista, mas depois foi gostando e entrou no clima. Rolava até uma disputa entre elas para ser a eleita. E as que ficaram de fora de uma indicação prometeram caprichar no visual no ano que vem. O bi-campeonato da Jujú teve direito até a faixa que ela colocou e até desfilou pelo bar onde fizemos nossa celebração de amigo oculto. Claro que sem o namoradinho dela saber.
Jujú não é uma moça das grandes, mas o bumbum dela é dos grandes. Tem belos olhos egípcios e um nariz arrebitado que brinco que parece com a da Samantha, daquela serie “A feiticeira”. Morena cor de jambo, cabelão até a cintura, preto, dona de um par de pernas belíssimas. A boca é pequena e caprichosa. Adora usar calças justas. E eu adoro quando ela usa um tamanco de oncinha, já vi seu piercing no umbigo e uma das 5 tatuagens que ela tem espalhada pelo corpo. Tem sobrancelhas desenhadinhas e unhas sempre pintadas. Adoro quando estão vermelhas, bem vermelhas cor de sangue. Jujú trabalha na recepção da empresa e atende diretamente à chefia na parte de correspondências e relações públicas. É sempre o primeiro rosto que vejo pela manhã quando entro no escritório principal, embora queira vê-la, por causa do bumbum, pelas costas.
A disputa desse ano ficou entre Jujú, já citada, a Lú, assistente da Jú, a Fer do RH e a Lara da contabilidade. A Lú é loira seu bumbum é menor do que o da Jú, diria, eu e todos os homens da empresa, que é outro estilo, que começa numa cintura fina e depois se desenha em curvas suaves como as de Niemayer no fim de suas costas e termina em suas coxas bem torneadas. A Lú é tímida, se faz de bobinha, quando quer alguma coisa ao invés de falar, mia. Suas bolsas e colares são os mais charmosos. Adoro um colar que ela usa, um bem verde que se destaca em seu colo branquinho.
A Fer do RH é do tipo “patricinha”, daquelas que deve gastar uma fortuna em cabeleireiro. Seus cabelos são lisos e longos, com “luzes”. É mais cheinha, mas com “tudo no lugar certo”, é a nossa representante dessas mulheres maiores, tipo Geyse Arruda.Dona de um sorriso contagiante , calça sempre scarpin nos pés.Adoro um rosa clarinho.Alem disso a Fer usa o perfume mais delicioso de todos.Dar carona pra ela é garantia de ficar com o carro cheiroso por muito tempo.
A Lara é um bombozinho, morena quase mulata, aquela cor de chocolate que dá água na boca, dona de uma boca bem vermelha, cabelos cacheados e o corpo com aquele balanço e swing, é pequena e delicada, com a voz não muito alta, usa belos brincos chamativos pelo tamanho e pelos formatos. O bumbum é grande, os seis médios, mas o “shape”, o formato do seu corpo, é mimoso e sutil. Exatamente como um bombom. Por isso quase ganhou o título.
Eu como presidente da mesa de apuração contei os votos. Outras ficaram de fora, como a Memê do setor de compras que merecia uma indicação só por causa de suas belas sardas, da sua simpatia e pelas rasteirinhas que usava nos dias mais quentes. A Jujú ganhou por uma diferença mínima de votos, beneficiada por todos seus atributos e pela vitória na competição anterior “o bumbum mais belo”. A segunda colocada foi a Lara bombom e em terceiro, rigorosamente empatadas, ficou Fer “patricinha” e Lú “gatinha”.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Empregadinha

Tinha chegado de viagem de madrugada e ainda estava meio dormindo, me levantei só de cuecas para tomar um banho e não percebi que ela estava lá varrendo o chão da sala, surpreendido pensei em voltar pra trás, mas ela já tinha me visto.Então instintivamente cobri com as duas mãos meu membro, que estava bem duro porque sempre acordo com ele assim.Ela riu envergonhada e cobriu seus olhos.Achei graça e entrei rapidamente no banheiro.Enquanto tomava a chuveirada me dei conta que ela era a empregada nova.
Sai de toalhas em direção ao quarto e ela já não estava mais lá.Nem pude reparar direito como ela era, mas pelos segundo que a vi notei que era sem duvida nenhuma a mais bonita moça que tinha trabalhado em casa.Sentei para tomar café e lá estava ela na cozinha.A cumprimentei, ambos encabulados, sorrimos e dissemos “bom dia!”.Ela vestia um shortinho curto, dava para perceber suas pernas grossas e a sua juventude sensual transbordando por todos os poros.Tinha que me conter, eu sabia, mas era uma tentação, uma enorme tentação ter aquela moça todos os dias ali tão perto das minhas mãos.
Com o passar dos dias fui prestando atenção a aquela moça, ainda nova, 19 anos, encantadora, de fala simples e pele clarinha.Já estava com muito tesão nela, todos os dias a olhava discretamente pra ninguém perceber.Um dia a vi esfregando algo que havia caído no chão, e escapou do shorts suas duas pequenas polpinhas. Fiquei louco. Aquilo me fez querê-la de qualquer maneira.
Um dia cheguei mais cedo do trabalho e escutei o barulho do chuveiro dela que tomava seu banho para ir embora. Não me contive e corri para a janelinha para espioná-la. Pude vê-la nua e banhando seu corpo branco e delicado, seus belos seios de bicos rosados e os poucos pelos que cobriam a xoxotinha.Meu pau ficou tão duro que parecia que ia furar a parede.Fiquei me masturbando enquanto ela se ensaboava, se esfregava,  se enxaguava e se enxugava.Nem soube que gozei muito olhando pra ela e a desejando por demais.A empregadinha estava me deixando descontrolado de tesão.
Depois daquele dia não conseguia mais disfarçar e ela percebeu que meu olhar queria devorá-la. Pra minha surpresa ela correspondeu. Notei que estava com curiosidade e pude farejar malicia em sua conduta.Enquanto lavava a louça, varria ou passava pano no chão notei que empinava sua bunda e fazia questão de me provocar.Então já sem escrúpulos  para realizar meu desejo, simulei uma mal-estar, uma indisposição e não fui trabalhar naquela manhã.Fiquei sozinho com ela em casa e sabia que aquele era o dia.Não me levantei da cama, mas podia ouvi-la mexendo na louça na cozinha.Fiquei pensando o que faria para pegá-la de jeito.Mas para minha surpresa ela logo bateu na porta, eu disse pra entrar, ela entrou no quarto perguntando se eu precisava de alguma coisa.Era a minha chance e a deixei perceber meu pau duro, em ponto de bala mesmo, levantando o lençol.Ela arregalou os olhos e riu ao mesmo tempo e disse : “Que isso!”.E eu respondi: “E assim que você me deixa!”.E aquela timidez toda deu lugar a uma pantera.Ela pegou uma de minhas mãos e colocou em seus seios.Puxei ela pra cima de mim e ela caiu na cama e nos meus braços.Foi arrancando sua roupa todinha e senti aquela bucetinha raspadinha, escorrendo aquele mel.Imediatamente comecei a chupá-la , a enfiar a linha naquele grelinho duro e saltado para fora, ela rebolava na minha cara e gozou com a minha boca sugando seu liquido.
Ela então se colocou entre minhas pernas e tomou meu pau em suas mãos e começou a chupá-lo com vontade, deslizava a língua que contornava a cabeça dele, chupava e cuspia, deixou o meu pau todo encharcado de baba, engolia todinho e urrando de prazer soltei minha porra gostosa, cremosa e salgada. Gozei lá na goela dela e fiz com que engolisse tudo!
Mas não consegui comê-la porque a campainha tocou, era um amigo, estraga prazeres que tinha vindo ver como eu estava!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Brincadeiras Proibidas

Uma relação sexual entre duas pessoas é simples, basta que os dois tenham vontade e desejo suficiente que ela naturalmente se consuma, agora sexo, sexo é complexo. Não que ele seja complicado, mas as aventuras do corpo contêm muito mais do que só penetração, são corpos, almas, medos, significados, posições, provas, descobrimento, paixões, malícias, fetiches, tensões, delicadezas, resultados, relaxamentos, canções, submissões, saúde, dominações, ferocidade e sagacidade, carinho e caricia, orgulho, mistério maternal, leite seminal, todas as esperanças, todas as frustrações, benefícios, doações e concessões e mais um milhão de coisas. Sempre considerei que em matéria de sexo o que é verdadeiramente obsceno é a hipocrisia das pessoas e o seu falso pudor. A vulgaridade sim é algo que banaliza o desejo, mas é possível, sem traumas ou grandes repressões, ter uma sexualidade satisfatória e saudável com as “brincadeiras proibidas”.
Como aquela em que nos agarramos no banco de trás do taxi, sem mesmo se importar com o motorista, e você se abaixou fingindo que alguma coisa tinha caído no assoalho do carro,abriu meu zíper e me fez feliz por pelo menos cinco minutos. Ou aquela em que nos pegamos na sacada do seu apartamento e você, com seu instinto exibicionista, ficou peladinha mostrando seus belos seios alabastrinos, suas coxas grossas e seu bumbum empinado para todos os voyeurs dessa cidade.Ou ainda, a melhor de todas, aquela em que você em roupas muito provocantes, desfilou pelo supermercado rebolando e provocando todos os consumidores.E eu seu macho confiante, seu homem viril, seu dono e seu amante, escondido e orgulhoso, assistia o desejo deles se resumir a comê-la apenas com os olhos porque quem possui você mesmo, sou eu, sou eu, sou eu. Ah o orgasmo, porque palavra tão feia para um momento tão gostoso? Bom mesmo é chamar esse momento de êxtase de gozo!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O Canalha

“O canalha é sempre um cordial, um ameno, um amorável e costuma ter uma fluorescente aura de simpatia.” - Nelson Rodrigues

É sempre arriscado largar uma mulher para ficar com outra, porque a atual pode ser muito melhor do que a nova. Mas para o canalha nada disso interessa, o risco sempre vale a pena porque o que importa mesmo é bola na rede, é pegar quem dá mole, esse negócio de sensibilidade pra ele é coisa de “boiola”, afinal os sentimentos dele são de plástico. No seu código de sujeito másculo, macho que é macho trata mulher igual a cachorro magro, não dá muita comida (atenção) e nem muito carinho. Assim elas ficam sempre rodeando.E tem um monte de mulher que adora bad boys e os mal caráter.
O canalha quer é sexo casual, se possível gratuito, mas não dispensa a prostituição, as mulheres de vida fácil são profissionais e sabem simular muito bem uma relação real, como tratar um homem mesmo que seja apenas por uma hora.Busca sempre uma substituta, solteiro, casado ou enrolado, não se satisfaz sempre com a mesma mulher, que sempre é variar o cardápio.Suas relações são disfarçadas, demonstra uma intenção falsa de compromisso, mas na verdade seus relacionamentos só tem um propósito.Fazer sexo.
Embora nem todos os homens sejam canalhas, há sempre aqueles que se salvam, para o azar das mulheres é muito difícil identificar um canalha, porque dentro de todo homem se esconde um.Alguns conseguem manter sua aura de santos por um longo tempo, outros rapidamente revelam sua verdadeira identidade.Um canalha sabe esconder bem seus defeitos, sabe encobrir seus rastros e domina a arte de convencer as pessoas.
O canalha sabe explorar muito bem as fraquezas femininas, usa a carência e a ingenuidade das mulheres para aprisionar e para seduzir. E só para quando uma espécie de fêmea mais experta do que ele o conquista.
A Safadinha.

A safadinha


Olhando assim de perto ou de longe ela é linda. Do tipo que chama mesmo a atenção, rosto de bebê, seios fartos inflados pelo silicone, coxas grossas, pernas bem torneadas e corpinho violão. O que ninguém sabe que por de trás daquela beleza toda se esconde uma mulher safadinha, no sentido de ser sacana mesmo. Lembra muito uma daquelas mulheres personagens do Nelson Rodrigues como a “bonitinha, mas ordinária”, embora nos dias de hoje chamar qualquer mulher de bonitinha pra elas seja o equivalente a dizer: “feia, mas arrumadinha”. Elas querem é ser admiradas e consideradas não só bonitas, mas atraentes.A verdade é que nem todas são, porém toda mulher tem seu encanto.
Mas a formosura de muita fêmea engana, ás vezes os defeitos de seu caráter superam e muito as virtudes de sua beleza. O lance secreto da safadinha é que ela sabe disfarçar muito bem, parece que não passa só maquiagem na cara, mas que passa também na conduta e aí engana qualquer otário direitinho. Segue um padrão de comportamento moralmente aceito por todos enquanto cai na esbórnia com as amigas sigilosamente. Se cresceu num ambiente excessivamente liberal achará normal ser dadivosa, se adolesceu num ambiente muito repressivo pode querer bancar a revoltadinha e resolver dar mais que chuchu na serra. A safadinha é uma das possibilidades femininas dentre as muitas variedades de comportamento mulheril.
Com a liberdade sexual obtida há algumas décadas, qualquer mulher transa com qualquer um, por qualquer motivo, em qualquer lugar, o corpo é delas, e quando são jovens, ou ás vezes já “velhas”, fazem barbaridades, ninguém segura, basta ser discreta que a sua promiscuidade nunca será descoberta.
A safadinha tem um espírito competitivo, a flor da pele, adora sair com homens casados, à sensação de poder que ela sente quando está seduzindo ou transando com o homem de outra mulher é algo que lhe satisfaz muito. Quando quer conquistar alguém atua como uma fêmea no cio, se joga, se insinua, se esfrega, faz charme, faz biquinho, voz de neném e poses sexy. E quando coloca na cabeça que quer um cara não desiste enquanto não conseguir. A auto-estima dela está toda baseada em suas conquistas e nos homens que estão afins dela. Ela os coleciona como bonequinhos. Escolhe a dedo cada um, seguindo sempre critérios relativos à grana e a beleza. Leva todo mundo no bico. Nunca fica sozinha, está sempre namorando ou saindo com alguém. Mas no fundo não existe mulher mais solitária do que ela, porque da mesma forma que ela não se doa totalmente, ninguém se dá para ela completamente.
Agora, sem falsos moralismos, todo homem adora uma safadinha, principalmente os canalhas.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

A substituta

Em duas situações ele procurava substitutas: Quando de uma decepção amorosa e para fazer tudo aquilo que não faria com a própria mulher.Movido por essas decepções ele primeiro procurava mulheres fisicamente parecidas com sua amada algoz.Assim se ela fosse loira ele só olhava e tentava seduzir loiras.Assim ia se satisfazendo comas semelhanças como se elas fossem ela. Mas se o tempo passasse e a raiva aumentava,  então escolhia uma substituta contrária.
Se sua ex-amada tinha os seios pequenos e duros, ele escolhia as de seios grandes e moles, se ela tinha a voz rouca, ele as preferia de vozes estridentes, enquanto seu ex-amor era discreta e só sussurrava, ele  queria aquelas que gemiam coisas vulgares quando estava na cama com elas. O jogo da substituta era uma forma dele consumar sua vingança.
As substitutas também serviam para ele fazer tudo aquilo que não faria com a própria mulher, era quase que uma instituição para a manutenção de seu casamento. Se sua esposa descobrisse elas seriam as “vagabundas”, mas para ele eram as necessárias substitutas. Assim foi a Gina, que adorava lingerie vermelhas e de tapinhas, muitos tapinhas no bumbum. A Deborah dos olhos azuis e glaciais, coxas grossas, panturrilhas espessas e pés gelados, fazia um ótimo macarrão alho-e-óleo. A Vivian que tinha um filho de nove meses, e uma tatuagem de pimenta malagueta na virilha.E também a Janaina, Arlete, Berenice, Verônica, Teresa, Irene, Vanessa, Margarete, Cláudia, Beatriz, Denise, Lia, umas 4 Marias e umas três Márcias, etc, etc. 

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Obscenidade

Duro. É assim que a moça gosta, bem duro, não com as palavras ou gestos, mas com o membro rígido, como uma haste quente pronta para penetrar,  talo que a rasgará apenas simbolicamente, sem sangue, com alguma dor, porém com muito deleite.O desejo é um expressão animalesca entre o homem e uma mulher.Entretanto, "hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás.", se alguns apenas desejam, outros apenas sentem ternura, e há ainda os que sentem ternura e desejo ao mesmo tempo.Afortunados são esses que unem num mesmo sentimento tesão e carinho.
Intumescidos, a pontas dos bicos do seio durinhas, com a boca experimenta-se ora um, ora outro, como botões de rosa pontudos e macios. E suas entranhas se umedecendo, se liquefazendo, e os meus dedos se tornando soldados bravos, a língua dura sua munição, úmida, saboreando os cantos, provando os gostos, o clitóris fremente e o coração disparado. Dentro dela fica tudo misturado, acaba descobrindo que tem dois centros e dois lados.
Não existe mulher mais voluptuosa do que aquela que tem dois núcleos.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Mulher brasileira é feita de amor - Parte III

A paraense sedutora


A recordação vai estar com ele aonde for
A recordação vai estar pra sempre aonde eu for
Dança, sol e mar, guardarei no olhar
O amor faz perder, encontrar
Lambando estarei ao lembrar que este amor
Por um dia, um instante foi rei
(Chorando Se Foi (Lambada) –Kaoma)

O calor de Belém do Pará entra na gente e o sangue de qualquer homem fica fervente. Adiciona-se a isso ao caldeirão de misturas que é a cidade, ao povo bacana e variado, a cidade morena é povoada pelos risonhos, gazos, brancos e sararás.Na cidade das mangueiras você estará se sentindo num dos corações do Brasil.
Era sábado, maré alta de março, daquelas que alagam tudo, o poeta ainda sentia o gosto do caranguejo na boca quando ali pertinho dele a paraense sedutora chegou com seus cabelos negros e lisos como talas. A pele cor de coca-cola com bastante gelo.Os olhos, dois caroços de açaí maduros. Recatada, a morena de pálpebras puxadas transformaram o poeta em Ícaro.O mesmo Ícaro que voou perto demais do sol e suas asas de cera derreteram, lançando-o de volta à terra.No mercado de ver-o-peso lá estava ele fascinado pela presença daquela paraense sedutora.
Não foi preciso que ele matutasse muito uma aproximação, a moça meio-índia sorriu tanto com os olhos que ele automaticamente a seguiu pelas margens de um grande rio. “Você está me seguindo?”, disse com aquele sotaque líquido que tanto fascinava o poeta.Daquele dia ele nunca se esqueceria.
As paraenses tem o coração do tamanho da Amazônia e o poeta mergulho de cabeça dentro dela. E pensou que nunca mais sobreviveria sem açaí, maniçoba e pato no tucupi, tacacá, Ver-o-Peso, marés, rios e ilhas, canoas e torço nu. Ele queria viver para sempre sem camisa.
A morena usava um perfume, uma essência da floresta, tomava um banho-de-cheiro com vinde-cá, priprioca, patichouli, orisa, pau-cheiroso, chama, pau-rosa, e catinga-de-mulata.O corpo deles ficava constantemente suado e a energia para agüentar aquela intensidade vinha do açaí com farinha de tapioca ou farinha d’agua.
Ela gostava mesmo era de fazer amor sob a luz da lua e das estrelas, nos igarapés a sua cintura equatorial lembrava o balanço de uma antiga dança chamada de lambada, era na chuva ou no sol sem parar, a paraense sedutora quase reduziu o poeta ao bagaço, mas ele sobreviveu. Por pouco.

Mulher brasileira é feita de amor - Parte III

Sou um menino que vê o amor pelo buraco da fechadura. Nunca fui outra coisa. Nasci menino, hei de morrer menino. E o buraco da fechadura é, realmente, a minha ótica de ficcionista. Sou (e sempre fui) um anjo pornográfico. (Nelson Rodrigues)

A dança das luzes da marina foram os primeiros sinais de que a carioca charmosa derreteria seu coração. No Rio de Janeiro as horas não são tão maciças como as de São Paulo e o poeta, que sempre deu sorte com mulher, antes de encontrar a garota repetia pra si mesmo: “O amoroso é sincero até quando mente.” Toda mulher deveria ser amada por um poeta, os machões parecem até levar vantagem, mas homem bom mesmo é aquele que tanto sabe falar manso como falar grosso, porque se impõem e dá uns tapinhas na hora da sacanagem, mas faz um carinho e muito chamego depois de uma transa de derreter os satélites.E as cariocas sabem muito bem como desfrutar isso e com voluptuosidade e carência.
A mulher carioca você conhece pelo som das palavras que diz, pelo bronzeado de cacau e pelos vestidos curtos antes e depois do natal. Se o tempero da baiana é a pimenta, o dela é o sal. Ela é uma fera marinha toda coberta de mel. Por isso a carioca você não só beija como lambe todinha. Quando o poeta conheceu essa carioca charmosa que desfilava pela praia, sentiu de longe os feromônios da sua feminilidade misturados a maresia do mar do Leblon.
Os cabelos dourados emolduravam sua testa larga, as sobrancelhas negras desenhavam semi-arcos perfeitos em sua pele. O olhar do poeta, muito aguçado, percebe cada detalhe. Quando ela andava, suas partes naturais sobressaiam sob sua roupa, seios e bumbum em harmonia com a barriga, braços e pernas. A boca vermelha e úmida indicava que ela sabia molhar o beijo, a carioca era charmosa demais. No bar depois da avenida o caminho deles se cruzou.
Não demorou muito para ela perceber os olhares de aceno do poeta, retribuiu com um sorriso de convite. Ele passou por ela e foi ela quem disse: “Você me olha como se me conhecesse”.Foi a deixa para que o poeta a laçasse com as palavras e num abraço fatal os dois algum tempo depois já estavam íntimos entre as quatro paredes.
E quando ela se despiu teve a sensação de que jamais uma mulher se despira tanto ou ficara tão nua. Diante da visão dos seios enormes dela ele disse em tom másculo e doce: "Entre seus seios é meu lar"

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Mulher brasileira é feita de amor - Parte II

A pernambucana simpática

Eu lembro da moça bonita/Da praia de Boa Viagem/E a moça no meio da tarde/De um domingo azul/Azul, era Belle de Jour/Era a bela da tarde/Seus olhos azuis como a tarde/Na tarde de um domingo azul/La Belle de Jour!...La Belle de Jour/Era a moça mais linda/De toda a cidade/E foi justamente prá ela/Que eu escrevi o meu primeiro blues...Mas Belle de Jour no azul viajava/Seus olhos azuis como a tarde/Na tarde de um domingo azul/La Belle de Jour!...

Alguns lugares são assim, se você não vai até eles, então eles vem até você. Ainda não estive em Recife e nem em nenhum parte de Pernambuco.Mas o Pernambuco já esteve em mim através da música, das amizades e de uma mulher.Uma pernambucana de quadris frementes,  nádegas maciças e grande sensibilidade nos seios, que faz amor como se dançasse frevo e que ama como se oferece caldo de sururu diretamente a boca do amante.
Os cabelos jogados de lado, a risada roca, as mãos carinhosas, a pernambucana simpática conquistou o poeta pela suavidade de seu caminho pelo ar, e ele se fez menino repousando entre seus seios e entrelaçando suas pernas nas pernas dela.
De madrugadinha, com o sol ainda por nascer nas avenidas Largas da cidade, ele erguia as pernas dela acima de seus ombros exercendo com vontade sua autoridade de macho sobre o corpo daquela pernanbucana arretada.

A paulista discreta

Tem mina de Sampa que é discreta, concreta,
uma lady! Nas rêivi ela é véri, véri krêizi.
Eu gosto as pampa das mina de Sampa!
(As mina de Sampa- Rita Lee)

Por mais que ela fosse tímida, dava par perceber que  um olhar atento lhe fazia cócegas, porque toda vez que alguém olhava assim pra ela ,ela de volta sorria.A paulista discreta era dona de uma franjinha tão mimosa sobre a testa, contraponto feminino que equilibrava sua aparência de mulher séria.Os vestidos longos, os “tailleurs” bem cortados, as blusas fechadas, enfim suas roupas que refletiam bem sua conduta, sem no entanto dar aos homens uma impressão de extrema fragilidade.Tudo por causa daquela franjinha.
E o poeta por ser paulista já sabia que mulher paulista procurava a razão de tudo, racionalizava suas emoções, por isso precisou usar uma estratégia, se confessou apaixonado por suas pernas e pelo som que seu salto alto fazia no chão. Por ninguém nunca ter lhe dito isso, ela acabou dando uma chance.
E daí foram só sete passos para a sedução: 1) Marcar um encontro, 2) Vestir uma roupa elegante e usar um perfume bom, 3) Pegá-la em casa as 9, 3) Jantar em uma cantina as 10, 4) Conversar calmamente olhando o tempo todo dentro dos olhos dela , 5) Segurar firme uma de suas mãos e acariciar levemente usando todos os dedos, 6) Convidar para outro lugar “mais tranquilo” com a boca fria, mas com o olhar quente. 7) Deitar na cama quadrada até deixar ela redonda, porque a paulista discreta quando provocada vira leoa selvagem que devora e é devorada sem dó nem piedade.
E para arrematar aquela noite, transformada assim, a paulista discreta dançou tango no teto com o poeta.


quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Mulher brasileira é feita de amor - Parte I


A gaúcha tem a fibra/A mineira o encanto tem/A baiana quando vibra
Tem isso tudo e o céu também/A capixaba bonita/É de dar água na boca/E a linda pernambucana/Ai meu Deus, que coisa louca/A mulher amazonense/Quando é boa é até demais/Mas a bela cearense/Não fica nada pra trás/A paulista tem a erva/Além das graças que tem/A nordestina conserva
Toda a vida e o querer-bem...E a mulher carioca/O que é que ela tem?/Ela tem tanta coisa/Que nem sabe que tem...
(Vinicius de Moraes)

A lolita Gaúcha

Amo tua voz e tua cor
E teu jeito de fazer amor
Revirando os olhos e o tapete
Suspirando em falsete
Coisas que eu nem sei contar
(Kleiton e Kledir – Paixão)

Que bela prenda, flor que desabrocha ao caminhar pelas ruas frias e varridas pelo vento minuano, sua exuberância juvenil e a puerilidade encantada enchiam os olhos de qualquer marmanjo. O vestidinho curto, os saltos altos e os cabelos dourados faziam com que todos os homens se virassem quando passava por eles. Uns apenas olhavam o desfile de sua beleza de menina e a lascívia de mulher, outros mais rudes lhe sopravam aos ouvidos galanteios horríveis, palavras de baixo calão. Acostumada a essas grosserias ela seguia impávida pelas avenidas como se não fosse com ela. No fundo gostava de chamar a atenção. Argentinos quando passavam por ela bradavam em espanhol como se fossem dançarinos de tango: “Bendito sea lo vientre de tu madre que gerou tan hermosa lolita!
De noite nua na cama, a lolita gaucha brilhava como uma estrela Dalva, pele branquíssima e juventude viravam do avesso aquele pobre poeta perdido nas terras do sul.

A santinha mineira

O sotaque das mineiras deveria ser ilegal, imoral ou engordar.Porque, se tudo que é bom tem um desses horríveis efeitos colaterais, como é que o falar, sensual e lindo ficou de fora?Porque, Deus, que sotaque!Mineira devia nascer com tarja preta avisando: ouvi-la faz mal à saúde.Se uma mineira, falando mansinho, me pedir para assinar um contrato doando tudo que tenho, sou capaz de perguntar: só isso? Assino achando que ela me faz um favor.
(Carlos Drummond de Andrade)

Ela chegou a pensar em ser freira quando tinha 12 anos, mas não levou a frente à idéia por causa da mãe. A mulher dos 3 M´s, morena, mineira, e miúda, a moça dos três S´s, a solitária de sorriso simples.Antes de conhecê-la ele nem acreditava muito em Deus, tinha lido num livro de Dostoiévski, que, se Deus não existe, tudo é permitido, ninguém precisa ter escrúpulos, moral, sentimentos, nada.Mas os dons espirituais da moça o transformaram numa pessoa que crê.Ela não era uma santinha do pau oco, tinha muita coisa dentro, não é uma mulher para “comer”, mas para se beber.Ela de pé e ele de joelhos beijando suas pernas morenas agarrado a suas saias.A santinha mineira ainda era virgem depois dos 30 anos, fora das Gerais isso seria um escarcéu entre as moderninhas, mas para ela o ser humano que passou a fazer muito sexo e nenhum amor, não lhe interessava . “Eles não passam de pessoas dominadas pelo desejo, eis a verdade”, dizia indignada. O poeta a conquistou com as palavras e com o amor que escorria delas como mel. Ela é daquelas que se entrega aos poucos, bem aos poucos, mas cada pedaçinho conquistado, e beijado com carinho, é como um delicioso bom-bocado.

A baiana encantadora

Toda menina baiana tem
Um santo que Deus dá
Toda menina baiana tem
Encantos que Deus dá
Toda menina baiana tem
Um jeito que Deus dá
Toda menina baiana tem
Defeitos também que Deus dá
(Gilberto Gil- Toda menina baiana)

Não que ele nunca tivesse visto uma mulher de umbigo de fora, mas a barriga daquela moça e seu umbiguinho mimoso como um botão de flor era um deleite para os olhos. Ficou três dias escrevendo versos lubrificados pelo desejo de beijar o umbigo daquela baiana encantadora. E numa noite quente de carnaval pairava no ar uma etérea magia, as pessoas dançando freneticamente, os corpos suados balançando pela avenida e a baiana sorrindo graciosa do outro lado com flores no vestido. O tempo parecia ter parado quando os olhares deles se cruzaram, e uma brisa sutil, úmida, fria, laçou os dois naquele momento. Um sensual arrepio percorreu o voluptuoso corpo da encantadora Baiana e uma flexuosa coragem o impeliu ao seu encontro. No meio de milhares de pessoas a se roçar por sobre as coisas todas,uma gata errando em seu eterno cio se entregou a um poeta.Não muito longe dali foram fazer amor num motel barato cheirando a mar.
A baiana encantadora de lábio carnudos e pele macia com a de um caju, de tão fogosa incendiou as veias do poeta com seu tempero arretado, misturando a faceirice, a meiguice com a brabeza. O que é que a baiana tem?
Tinha um pouco de africana pelas ancas largas, pelos colares coloridos no pescoço e as muitas fitinhas do senhor do Bonfim amarradas nos braços , um corpo moreno temperado com dendê e água de coco e misturada por rebolado enlouquecedor.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Beijo maior do que a boca

S de "sagrado" tudo o que combina com uma cantada de Bach; de "segredo", aquilo que você está louco pra contar; de "sexo", quando o beijo é maior do que a boca.
(Palavras ao vento- Adriana Falcão)

É como uma faísca ou um lampejo, não sei muito bem definir como vem.,mas sei que é desejo e desejo é quando o beijo é maior do que a boca ou quando a boca é a promessa de um corpo inteiro. E esse corpo inteiro, só de tocar lá na língua, você já sente que conspira todo para que o prazer seja alcançado. Os seios roçando no peito e os arrepios percorrendo a espinha são a celebração do amor-próprio e do congraçamento das nossas auto-estimas. Vamos fazer amor ou vamos transar? Não importa, é sexo.
E então o instinto pula para flor da pele e daí acordo dentro do corpo dela e ela se debate dentro de mim, juntos marchamos para um espécie de fim, para um clímax como se encontrássemos onde termina o horizonte e começa os céus.Os impulsos enlouquecem as mãos e vão se despindo os véus, eu sou passarinho e as entranhas dela meu ninho.Eu macho e decidido, ela se fazendo de frágil e difícil , o que fazemos tem hora que parece uma dança noutras uma luta.Por isso tem horas que eu a trato como namorada, noutras como puta.
Descobrimos juntos e misturados que o amor precisa de carinho e o sexo do pecado.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Rapidinha

O desejo simplesmente não nos deixou esperar, impetuoso em mim e ardente nela, a ousadia superou o medo. No ambiente em que estávamos onde tudo é padronizado e o trabalho sempre urge, não havia espaços e nem brechas. Mas a nossa curiosidade era bem maior do que qualquer risco. Bastou só uma chance pra que a gente conseguisse.
Nós tínhamos uma atração pelo outro de longa data, mas não passava disso, de olhares e de algumas brincadeiras, nunca nem tínhamos tocado no assunto. Mas naquela tarde ela olhou de um jeito intenso demais pra mim e eu devolvi na mesma moeda. Sorrindo e sem dizer nada, levantou da mesa se equilibrou nos saltos altos e não tirando os olhos de mim saiu da sala e foi pelo corredor. Mal tinha saído pela porta e eu já estava de pé quase atrás dela. Ninguém no escritório parece que tinha notado.
Sem olhar para trás ela abriu uma porta. O lugar secreto era o arquivo morto aonde pouca gente vai e a porta tem tranca. O friozinho na barriga com medo de sermos encontrados era um poderoso afrodisíaco. Ela não poderia estar usando roupa melhor do que aquela saia , atrevida que só , naquela hora nem estava usando roupa íntima por baixo. Tinha planejado tudo.
Não foi preciso dizer uma única palavra, assim que ela entrou e eu entrei em seguida, o beijo molhado e de língua disse tudo por nós. Agarramos-nos como se quisemos entrar um dentro do corpo do outro. As bocas agora já não se beijavam mais porque estavam ocupadas com as orelhas e depois com o pescoço. Ela me puxou pra cima dela com vontade, eu retribuí arrancando sua blusa. Após saltarem para fora bem diante de meus olhos, imediatamente comecei a tocar seus seios com minha língua. Ela enterrou seus dedos no meu cabelo e começou a puxá-los com muita força.
Ofegantes e loucos de desejo, olhando nos meus olhos num rápido movimento ela abriu o botão da minha calça e abaixou o zíper. Em outro movimento, só que dessa vez mais lento, ficou de costas pra mim levantando a saia bem devagarzinho para que eu me excitasse o máximo com aquela cena.
Puxei-a pelos cabelos e grudei meu corpo no dela, aquele foi o encaixe perfeito, mordendo sua nunca e ouvindo seus gemidos baixinhos , nós dois de pé não demoramos muito para atingir o clímax.
E tudo isso durou só uns 7 minutos.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Ligia sem pecado

Toda mulher é feita para brilhar como uma jóia, porém o ciúme excessivo, é um terrível empecilho que a deixa tal qual diamante sem brilho. Ligia é dessas mulheres que quando um homem vê no meio da rua, beija em pensamento, põe nua, transgride os limites, diz gracinhas mesmo, até obscenidades. E ela nem é assim tão escandalosa, usa alguns decotes sim, mas nada demais, embora seu par de seios sejam lindos e lindos. Suas saias não são mini, acima do joelho, talvez só suas calças jeans é que mostrem de fato acentuadamente seus contornos.E que curvas voluptuosas tem Ligia.
Flávio é muito ciumento, se pudesse, se pudesse ele cobriria ela com uma burca, aquela roupa que as mulheres árabes usam que cobre o corpo todo.Talvez nem tanto, mas ele não gosta que olhem pra Lígia.Ele odeia.Se pudesse ele matava quem olha, quem se atreve.E se ele soubesse dos assédios, das gracinhas que ela ouve por onde passa provavelmente já estaria morto de raiva.Certamente já estaria enterrado em algum cemitério se soubesse o que falam dela por aí, do quanto ela é atraente, do seu olhar ao mesmo tempo lascivo e inocente.Ela enlouquece os homens mesmo sem querer.Ou se quer acho que nem percebe, parecem inconscientes essas suas provocações.
Porque Ligia não é de ser sacana, ela é fiel a ele, mas Flávio de tão ciumento inventa amantes pra ela, nos lugares onde iam cismava que ela estava olhando para alguém ou paquerando, até entre seus amigos desconfiava que eles flertavam com ela.Viviam brigando por isso, o relacionamento deles era um inferno, mas quando voltavam pra casa o sexo sempre resolvia tudo, até apimentava a relação.A pegada dele ficava mais forte nela, e ela gostava de tapinhas, de palavrões sussurrados aos seus ouvidos.
Flávio já tinha traído Lígia, e essa traição me lembra a guerra do golfo. Ele fez o mesmo que o Bush pai fez com o Iraque, “ataque preventivo”. Em outras palavras a traiu antes que ela o traísse. Foi com a Mônica, moça mais velha. Besteira dele, quer dizer, bem que ele gostou da Monica, muito boa de cama, mas não precisava ter complicado com a Lígia.
A Lígia sem pecados, não que não tivesse defeitos, mas nada fez para que tanto ciúmes de Flávio se justificasse, exceto pelo fato de ser atraente. Seu comportamento sempre foi discreto, ela até mudava de roupa quando alguma coisa o incomodava, fosse vestido ou blusa, trocava qualquer peça que no entendimento dele a deixava exposta demais. Do lado dele não andava rebolando e nem colocava o dedo na boca. Fazia de tudo para não provocar desejo.Não olhava para ninguém.Não como nós homens olhamos que quase quebramos o pescoço, mas a moda das mulheres, ou seja, de forma tão discreta que é imperceptível para os machos.
Mas havia um lugar onde Lígia era totalmente dona de si e que Flávio jamais descobriria seus segredos íntimos: o pensamento.
Em pensamento, Lígia sem pecados, desejava outros homens sim, imaginava alguns que a assediavam fazendo tudo aquilo que eles queriam fazer com ela. Tudo mesmo, tudo que Flávio não fazia com ela. Em seu pensamento ela se entrega a todos que a desejam, é uma mulher fácil e que quer mesmo é enganar todos os homens com quem fizesse amor. 
Lígia sem pecados, deseja escondida ser livre, usar um vestidinho curto sem calcinha e sem sutiã. Sentir os bicos roçarem no tecido e deixar que ele duros e eriçados sejam percebidos primeiro por todo mundo, depois só por um que ela escolhesse. E a esse escolhido ela diria coisas através dos olhos e o faria querer sob o signo da loucura e da sofreguidão.
Em seu pensamento, não em todos, não como um sonho, mas apenas os seus devaneios mais fantasiosos e cheios de tesão, não quer ser aquela mulher pra casar, pra morar na casa de alguém ou para ser mãe. Quer ser a mulher pra se divertir e para uma noite de prazer e nada mais.
E se Flávio soubesse....

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Sardas

Acariciando seu rosto encontrei estrelas, sardas que salpicam sua expressão e que se espalham pela sua pele como uma marca registrada. O mapa do seu corpo foi me mostrando outras estrelas, ou sardas, algumas nas costas e outras no colo que gentilmente contém seus lindos seios. Essas suas duas frutas maduras que quando sugadas dão a impressão que vão verter mel pelos bicos.
As estrelas, sardas, que encontrei espraiadas em tuas costas, contei como se fossem conchas, uma, duas, três, tantas, como é bom explorar cada detalhe e cada recanto teu. Quero ser como alguém que se infiltra todo em ti, primeiro começo pela superfície, depois...
- Eu adoro suas sardas, elas são uma das suas marcas registradas, são como estrelas invertidas que se destacam na sua pele. Graças a elas já sei te ver mesmo não te vendo, sei dizer de qualquer lugar que eu esteja como você é.
- Eu gosto do jeito como me descreve. Gostei do modo como me decifra e me devora. Do jeito que me agarra pela citura e depois aperta minha bunda com ambas as mãos, foi tão macho! Você é firme no seu desejo, você me aquece e me acaricia, me esquenta e me esfria. Você me morde!
- Gosto do jeito que você pegou meu sexo entre suas mãos.Gosto de olhar o teu corpo como se ele fosse ao mesmo tempo um refúgio e um eterno misterio pra mim.
 Suas sardas, estrelas, sinais que te pintam e que tem enchem de graça, você é como uma escultura cheia de vida  e quando toco você é  como se fosse feita de barro, como se eu pudesse modelar com as minhas maõs todas as suas formas.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Fêmea


Não me importo se demonstra que minhas palavras são simples galanteios. Afinal, porque um homem elogiaria tanto uma mulher em seus emails? E mesmo que não se entregue facilmente a qualquer chamego meu, dentro de você escondida, fica toda arrepiada, como se estivesse em estado de alerta quando lê: “quero te acariciar sem deixar nenhuma parte intocada”. Quanto mais tenta disfarçar, mais vejo em seus olhos o desejo. E então quando passa por mim, se fingindo de desentendida, mas sei que percebeu que com meus olhos desabotôo cada botão desse seu vestido. Da minha mesa vejo seu rosto plácido, tentando se mostrar natural, mas sua boca deixa escapar um leve sorriso no canto dos lábios quando lê minhas mensagens. Sei que adorou aquela parte em que escrevi que te abraçaria pelas costas e a envolveria em meus braços ternamente colocando minhas mãos ao redor de sua cintura. Daqui vejo suas bochechas ficando coradas, resultado de um calor intenso que sobe debaixo pra cima em todo seu corpo.
Na hora almoço, durante aquela rápida troca de olhares, quis dizer que te admiro como profissional, que te respeito muito como pessoa, mas que te desejo de forma ardente. Do lado de fora nãos somos mais funcionários, voltamos a ser gente, você é uma mulher e sou um homem, porque sou macho e você é uma deliciosa fêmea.


segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Mulher, obra de arte

Sexo pra mim também é uma forma de fazer arte, porque considero a mulher uma obra de arte, uma escultura viva que ao mesmo tempo em que é misteriosa também está ávida para ser descoberta. Um corpo feito de entalhes e todos aqueles detalhes que nos fascinam na medida certa. Os seios de qualquer tamanho, o bumbum de qualquer formato, o balançar em qualquer ritmo dos braços, enfim todas aquelas curvas e subidas, superfícies por onde deslizamos e túneis por onde somos engolidos e depois cuspidos aos bagaços.
Ao se enfiar nesses buracos, graças ao teu insaciável “quero”, antes que você pisque os olhos nas escuridões, confuso se perguntará: “Onde estão as minhas vontades?”
É só delas aquela maravilhosa energia feminina que suaviza e te perfuma a vida, e que no mesmo espaço permite, como se fosse à coisa mais normal do mundo, o convívio não - pacifico de estranhas ambigüidades, como a impaciência de mãos dadas com a sensibilidade. É só delas aquele mesmo corpo lânguido que sente profanamente um prazer intenso quando goza, e que também poderá ser divinamente o berço de sua maternidade. Numa mulher como numa casa, a mesma porta que é feita de entrada, também será usada como saída.
A mulher é o seu corpo e as suas múltiplas vontades, tem horas que elas querem ser protegidas por um bravo herói, em outras devoradas pelo mais cruel e terrível lobo da floresta. Por isso que tem mulher que é boa e mulher que não presta, tudo depende das personalidades. É de acordo com o que elas pensam que tudo mais se define em suas vidas. E nas nossas também, companheiras. São decisões que vão da profissão que escolhem ao homem com quem se casam, do que sai pela boca ao que entra pelos olhos, de como cuidam do corpo a como vão cuidar da cabeça, se vão ficar por cima ou se gostam de ficar por baixo, da quantidade de filhos que vão ter a se vão ser fiéis ou não, do que gostam e do que não gostam de comer, do tipo de sapato que calçam ao comprimento da saia que usam.
Homens e meninos saibam! Não é pelo rosto, tamanho das “ancas” ou através de qualquer outra superficialidade que vocês saberão quem elas são ou o que elas querem. “Muié” tem dia que é fruta docinha igualzinha manga, mas têm outros em que é fera, bicho esquisito que todo mês sangra, com uma mão faz carinho, mas com a boca te arranca pedaçinho por pedaçinho. Ou elas te levantam e te apóiam ou terminam sugando devagarzinho todo seu mel. E isso não é privilégio nem meu e nem seu. Não tem saída, tem que conviver pra saber. E se sobreviver a elas, faça como eu que falo sempre.
Toda obra de arte é um quadrado mágico porque estimula o intelecto, a sensibilidade, a emoção e a libido. É assim que acontece quando um homem ama uma mulher, nessa mistura de corpo e personalidades é que a arte acontece, ele quer saber tudo sobre ela, quer sentir o que ela sente e que ela o faça sentir diferente. Por mais “cabra macho” que o camarada for, pode ter certeza que um dia ele também chora por amor. E de tanto desejo e tesão que elas nos provocam, com todo respeito às outras opções sexuais, mas mulher é bom demais!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Mal-me-quer

"Se você me quer, eu não te quero. Mas se eu te quero, cuidado!"
(“Carmen”,ópera de Georges Bizet)

Não era fácil lidar com uma mulher tão dona de si, tão senhora de seu próprio destino, tão livre e cheia de desejos. Para ele as mulheres deveriam ser dominadas, ele estava acostumado com as frágeis, com as princesas que deveriam ser resgatadas. Para os homens, as mulheres são como objetos de seu desejo, não compreendem o tamanho da missão e do destino que um ser feminino recebe de Deus e da natureza. Nós, os homens, em troca de nossa dedicação a elas, queremos  a posse dessas criaturas que tantos nos satisfazem, fascinam e até humilham.Tanto para homens como para mulheres, o amor é puro, cínico, inocente e cruel na mesma medida. É nessa mistura que nos envolvemos na busca obstinada de ser feliz, ás vezes nos perdemos e caímos, ás vezes nos encontramos e subimos.
E lá está ela com seus vestidos e decotes vertiginosos, transgredindo e ampliando horizontes, saltos altos e seu magnetismo entrando pelas narinas de seus perfumes fortes. A fugacidade da vida contemporânea está estampada nas relações humanas, por isso hoje elas beijam tanto e tantos.
A mulher por quem ele se apaixona é um desses pássaros rebeldes que não se podem aprisionar e isso o deixa furioso, que mesmo com toda sua força física, seus presentes e posses, não consegue dominá-la. E seu machismo ferve num caldeirão de ódio em seu coração. É ela a sedutora e não ele, é ela a que chama atenção e não ele, essa inversão de papéis o deixa louco, é como se ela o castrasse. Por isso os homens morrem de medo das mulheres, porque somente elas podem dominá-lo.
A beleza dela não põe a mesa, mas enche os olhos. Apesar de ser perigosa, fazer amor com ela, era como se embrenhar numa mata selvagem e ás vezes cair em armadilhas, em buracos da imaginação, justamente por seu caráter perigoso, é uma femme fatale para todos .
Durante o seu orgasmo tudo é triunfante, e ela diz sussurrando : “Assim eu morro

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Pés



Quando não posso contemplar teu rosto,
contemplo os teus pés.
Mas se amo os teus pés
é só porque andaram
sobre a terra e sobre
o vento e sobre a água,
até me encontrarem.
Pablo Neruda


Amo teus pés, amo a maneira como eles pisam o chão ou de como eles calçados se encaixam perfeitamente em teus sapatos. Fico admirando quando estás deitada na cama de bruços e ergues os dois para o alto e ficas lá balançando, balançando eles como se fosses uma Lolita provocando o professor.
Segundo pesquisadores 8% das mulheres, ou seja, 280 milhões no mundo todo,  rejeitam seus pés. Embora os lavem com carinho e caprichem na escolha de suas pedicures, passem cremes, façam massagens, usem saltos altos abertos ou sandálias rasteirinhas, pintem cuidadosamente suas unhas e façam qualquer coisa para deixá-los macios e lindos.  Assim pés são objeto de repulsa ou de fetiche. A primeira alternativa por motivos higiênicos talvez e a segunda pela libido com certeza.
Os pés podem ter os dedinhos separados lembrando os dedos de uma mão, ou então mais juntinhos, grudados uns aos outros de maneira delicada.Dedos magros, de mulher que demora mais para sentir e também para esquecer, dedos gordinhos de mulher amorosa.Dedinhos cumpridos de quem guarda algum ressentimento, dedinhos curtos de mulher que simpatiza e antipatiza logo de cara com os outros.Pés que palmilham o chão, pegadas luminosas deixadas pelo seu caminhar na escuridão.
Pés que podem ter a superfície cheia de veias ou ser totalmente lisos. Algumas usam tornozeleiras ,bordam neles tatuagem, antes de seus calcanhares redondos, as solas brancas prontas para a massagem, a planta dos pés onde cada ponto é um orgão do resto do corpo.
Amo teus pés nus porque assim despidos não são obscenos, em seus saltos altos, quase aéreos, ou quando descalços e terrenos, desfilam sua graça só reparada pelos que adoram, lascivos, esses seus dois apoios divinos sobre a terra.Amo teus pés ativos de Cinderela Tropical pés calçados seja num scarpin ou em botas, em chinelos ou em tamancos. Não conta pra ninguém, mas por causa dos seus pés, sou teu súdito.
Amo teus pés porque eles me ensinam a caminhar sem precisar tocar no chão.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Pernas

Se nós nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo seguir
(Eu te amo- Chico Buarque)

Pernas pra que te quero? Quero das coxas a panturrilha, roliças, encolhidas ou erguidas no ar, quero joelhos nus, tornozelos delicados ou graúdos, pernas com os pelos descoloridos ou elas todas depiladas. Não importa se são grossas ou se são finas, me interessa é que são femininas. 
As pernas são como dois pilares que sustentam o corpo de uma mulher, quando alforriadas das calças jeans podemos notar a sua exuberância, o seu brilho e os seus contornos. Livres elas se movimentam, definem o balanço, dançam e se contraem, mostrando os poucos músculos que numa mulher combinam, os das coxas e os da “batata da perna”.
Como é interessante mulher de vestido, um pedaço da perna descoberto e o resto sugerido pelo balanço do tecido. E as saias e minissaias revelando e expondo as pernas, de meia-calça só um vislumbre, mas nuas, são brilhantes e sedutoras, mesmo quando são curtas ou longas.
Longas como os 123 centímetros das pernas de Ana Hickmann  e os muitos da Claudia Raia, ou mais grossas e morenas como as de Tina Turner, mais fortes e também morenas como as de Beyoncé e Ivete Sangalo e um pouco mais curtas, mais igualmente maravilhosas , como as da atriz Paola de Oliveira.
Pernas cruzadas para sedução, pernas coreografadas como as das dançarinas de cabarés, ou flexíveis como as das bailarinas, pernas com cinta-liga que incendeiam qualquer quarto, ou cobertas por belíssimas botas de couro, por calças jeans folgadas ou apertadas, alongadas por salto altos(simples ou agulha) que dão toque de fetiche ao conjunto todo da obra de arte que é uma mulher.

Ornella, a pecadora de Roma – Cap. II

Nos meus dias de Roma eu voei na garupa de Ornella por todos os lugares onde ela tinha crescido, de menina a mulher, mãe de duas crianças lindas, uma menina e um menino.Comi sua comida, respeirei seu ar, fiz amor com ela como se a conhecesse a vida toda.Eu não queria vir mais embora.
Os olhos esverdeados de Ornella eram como duas janelas sempre abertas para o mar, e que não se fechavam como os das outras mulheres, mas como os de onças, jaguatiricas, panteras e outras feras. As duas pálpebras se encontravam bem devagarinho; aqueles olhos pareciam pintados a mão, e como eram estreitos! Com um jeito lascivo e oblíquo, como um olhar de mulher que te oferece o corpo como caça, mas que no final é ela quem te devora.
Na única noite em que não dormi no albergue, mais em sua casa, tinha conhecido um vendedor de flores que havia me dito que tinha flores mágicas vindas da África entre seus buquês.Eram flores que brilhavam no escuro. Eu as queria para iluminar junto com as velas a mesa do nosso jantar e o leito do nosso amor.Queria uma noite inesquevivel, como aquela que mesmo depois de passado tanto tempo, sei descrever nos minimos detalhes.
E o que antes entre nós era luz se transformou em fogo. Depois do jantar apetitoso, e de brincar com as crianças e fazê-las dormirem felizes e exaustas no quarto azul, encontrei Ornella escovando os longos cabelos castanho-dourados de frente para sua penteadeira de espelho redondo.Sentei-me na cama, bem atrás dela e beijei a carne branca e macia de seu pescoço, oferecida pela nuca descoberta.Ela usava uma camisola branca de seda, tão macia quanto sua pele, mas que por ser gelada me fazia saber exatamente quando por um decote, toquei com meus lábios suas costas quentes.
Nessa posição, ela impinou o bumbum na direção do meu sexo e arcou as costas pra frente.Eu me encaixei, despi seu corpo da camisola branca, e com a lingua desci provando-a pelo sabor da pele até as covinhas que ela tinha na base da coluna.Eu adorei aquelas covinhas, fiquei beijando quase que infinitamente até que ela sentisse cócegas.E ela gargalhava e dizia coisas em italiano que não entendia, mas que pelo jeito que ela falava também achava engraçado. Num ato de fome e pirraça devagar mordi seu bumbum.
Ela rindo sem parar se virou se jogando em cima de mim de repente e caímos em sua cama de lençois amarelos.Rolamos como se brincássemos, ela também fez cócegas e rimos sem parar.Até que quase sem respiração nos beijamos.Nos beijamos como se quissemos nos dissolver um no outro.
Ela se sentou a minha frente, me fitando com aqueles olhos selvagens, tomou minha cabeça com as mãos e levou minha boca ao bico de seu seio.Imediatamente ele se inchou, ficou duro como uma semente de fruta em minha boca.Eu me fartei deles, italianos e atrevidos, roseos e brancos, fartos e empinados.
Deitei Ornella de bruços, entendi o que ela queria em italiano.Fiquei de pé do lado da cama e ofereci meu sexo para ela colocar na boca.E ela, gulosa, engolia tudo com vontade e carinho.Fiquei admirando meu sexo entrando e saindo dos lábios quentes e vermelhos de Ornella.Ele se parecia tanto com um lustroso e grosso bastão de madeira.Quando já estava bem proximo do orgasmo pedi para ela parar.
Nos deitamos de lado um para outro nos admirando, preparando para que nos misturássemos, a visão do corpo dela era como a de uma escultura que tinha visto em Veneza, não pela perfeição, coisa que nunca busquei, mas pela firmeza de sua imagem.Iniciamos uma dança, de corpos que se acariciavam e se degladiavam ao mesmo tempo, de bocas que se engoliam,que se mordiam e se devoravam, de braços que se abraçavam,se prendiam e lutavam, de mãos que afagavam e batiam para não doer, mas pelo desejo de prazer. Uma coreografia de pernas que se entrelaçavam e de pés que se roçavam.
E então, não fui eu quem a penetrou, mas Matheus, que encheu as profundezas do ventre de Ornella com seu sexo, no vaívem apressado, os pelos púbicos pretos dele se misturando aos pelos clarinhos dela, frente a frente eles se devoraravam enquanto se beijavam.Indócil, Ornella então montou nele, e cavalgando ela esfregava os seios em seu tórax e parecia dançar com o pênis dentro dela tamanho o balançar que realizava com seus quadris.Chegou a levantar os braços como se simulasse que tinha um bambolê na cintura.Matheus diante de tanta volúpia quase gozou e Ornella percebendo o movimento tirou o pênis dele de dentro, desmontou e agora queria ser montada.Engatinou coberta só pelos longos cabelos castanho- louros através dos lençois macios e amarelos logo a frente dele.
Então ele ajoelhou-se atrás dela e inseriu seu membro.Finalmente a mulher com olhos de pantera seria satisfeita completamente por ele.Empinou o máximo que pode o bumbum, sentiu as mãos deles grudarem em seus quadris e o dedos se afundando como se os cravasse em sua carne.Ele começou devagar, mas logo estocou a vagina dela como quissesse furá-la, vará-la com seu pau duro feito uma lança de aço. Ornella estava toda molhada e ele metia com tanta violência que os barulhos eram inevitáveis, ela adorava esses ruidos e ainda mais o que ele dizia sacanamente naquela lingua que ela achava bonita e exótica.

Ornella, a pecadora de Roma – Cap. I

“O amor desculpa tudo
ou não desculpa nada.”
Balzac

Eu sei que comigo é diferente porque há uma fusão entre sexo com emoção e amor.É como se eu forjasse nos fornos da minha paixão, alimentados pelo calor do meu desejo e o carinho do meu bem-querer, uma escultura macia da mulher amada.Um monumento perfeito erigido na praça do meu obelisco.
Foi assim com Ornella desde o dia em que a reconheci na minha viagem para Roma.Sim, reconheci, porque ela era muito mais uma lembrança do que uma novidade, mesmo sendo a primeira vez que estava botando meus olhos nela.Havia nela algo de familiar.Não sei se os lhos, a cor da pele, o jeito de mexer nos cabelos ou a forma como andava.No albergue, onde ela trabalhava como la receptionist, eu me apaixonei por ela.No inicio o contato era pouco, apenas dizer boa noite, bom dia, para perguntar onde estava sendo servido “la prima colazione”, pegar as toalhas ou entregar as sujas e receber de volta as roupas lavadas.
Numa noite eu cheguei bêbado e aquele era o turno dela da noite, madrugada, trouxe de volta pro albergue o que tinha restado de mim depois de chorar nas margens do rio as saudades de um amor perdido.Ela abriu a porta sonolenta, mas mesmo assim sorrindo.Notou nos meus olhos um resto de lágrima e inexplicavelmente secou com a mão branca aquele vestigio de tristeza.Aquele gesto de ternura ascendeu em mim uma luz.
Nos dias seguintes que passei naquela cidade procurei por alguém que não existia mais, e foi graças a minha querida amiga portuguesa Ana dos Anjos(queridissima que depois veio me visitar dois anos depois no Brasil) que não me perdi para sempre na Itália.A mão branca de Ornella me trouxe de volta.Nos abraçamos , ali na recepção mesmo.Eu quase não entendendo as palavras dela em italiano e desabafando em português.Ela respondendo um pouco em ingles e eu agradecendo em espanhol.Ela me acalmou, me dando água e mais abraços.Fui para o quarto e dormi apenas algumas horas.Até que todo mundo se levantasse e quase que me carregassem para tomar café.Ornella já não estava mais lá.
Mas tinha me deixado uma mensagem carinhosa, escrita em italiano.Pedi tradução pra outra moça.Ela leu sorrindo e me disse em inglês: “She said: meet me in halfway.I don´t know why,but i like you so much.I want show this city with my arms wide open.Let´s go you and I, free as byrds in the Roma Sky. Call me: 1184-6916-77.”
Liguei, a voz dela no telefone era mais doce que pessoalmente: “Ciao, che parla?”.E eu lutando para que ela me entendesse : “Ricordati di me, andre?”.E ela toda doce do outro lado da linha: “Si, si, como lei  il mio angelo?”
No fundo a lingua italiana não é assim tão diferente da nossa, e eu já sabia de outras épocas, que há uma linguagem universal que idioma algum representa um obstáculo.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Coxas

Confundo as tuas coxas com as de outras moças
Te mostro toda a dor
Te faço um filho
Te dou outra vida pra te mostrar quem sou
(Cazuza – Faz parte do meu Show)

Elas estão lá, abaixo da virilha e acima do joelho, exibidas ou escondidas, um par gêmeo de tentações, por fora curvas musculosas, por dentro erógenas.Eu já afaguei e puxei seus cabelos, beijei sua boca e mordi sua nuca. Eu lambi seus seios, aranhei sem machucar suas costas e te peguei pelo quadril apertando bem forte o seu bumbum. Agora estou vendo suas coxas bem torneadas, ansiando me aproximar delas. O prazer está nos detalhes, por isso escuto seus pensamentos, você fica toda arrepiada só de pensar que vai ser tocada,  que será possuída, pedaço por pedaço, tornando seu corpo um templo de prazer através do “sofrer gostoso” que une no mesmo desejo uma rainha ou uma cortesã.
As suas coxas são como um vale quente, duras e ao mesmo tempo macias, outra promessa sua de eu estar dentro de você, mais um dos seus esconderijos feitos para o deleite da sua delícia que é fazer um homem diluir-se de prazer soltando um fio de prata molhado brilhante de dentro de si, mais uma das minhas maneiras de te pegar, e de te fazer sentir o meu sexo, rijo e consistente, entre suas coxas e você sentindo a grossura e o latejar dele deslizando por elas. Eu desperto em você aquele seu desejo ancestral de quando fazia as coisas escondidas e elas tinham um sabor muito maior.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Bumbum

No corpo feminino, esse retiro — a doce bunda — é ainda o que prefiro. A ela, meu mais íntimo suspiro, pois tanto mais a apalpo quanto a miro.
(Carlos Drummond de Andrade)

E Deus criou a mulher com seus cabelos cheirosos, sua boca vermelha, seus seios redondos, suas costas de curvas suaves e seu bumbum arrebitado. O cérebro dos homens sente atração pelo que vê, mas eu não concordo em ser um mero espectador do bumbum feminino.Eu o vejo ativo, como uma parte anatômica da mulher que tem poder.Para muitos o corpo da fêmea é como se fosse o de uma mãe.Deve permanecer puro, ou então, é como o de uma prostituta, a qual só serve para sacanagens.Para mim ele deve ser a união dessas duas características.E é nessa igualdade que se encaixa perfeitamente o bumbum, aquelas duas metades que desejamos tanto. O milagre de ser dois em um.
Uma mulher deitada de barriga para baixo e bumbum para cima é como uma daqueles doces irresistíveis e maravilhosos expostos nos balcões de vidro refrigerados, como aquelas tortas de morango com creme ou de chocolate que você chega a comer com os olhos e enche a boca de água. O disparador do desejo começa por uma parte e depois vai para o todo.O bumbum, mesmo ficando atrás, muitas vezes  atrai a atenção primeiro, que depois acaba se espalhando para o resto do corpo inteiro.
As curvas, o volume e as proporções fazem do bumbum como um monumento que se destaca, ainda mais quando a mulher em seu ondulante caminhar rebola o seu derrière, palavra francesa para bumbum. Derrière como o de Brigite Bardot em   “Le Mépris” (O Desprezo) de Godard, em que ela pergunta: “e a minha bunda, você ama a minha bunda?”(cena que ficaria melhor ainda com a voz de Françoise Hardy sussurrada).
Também vou à contramão quando se diz que o bumbum é objeto de dominação do homem sobre a mulher, eu acho que é o contrário, ele na verdade nos hipnotiza, ainda mais quando está apenas sugerido em calças apertadas ou mais explícitos em espartilhos, lingeries com babados atrevidos. A mulher o oferece como um presente, um prêmio, então o bumbum é como um bombom. 
 A palavra bunda veio de ovimbundos, uma das etnias banta de Angola. As mulheres dessa etnia sempre foram conhecidas por sua beleza física e pelo farto bumbum e assim, para simplificar, todo mundo as chamavam de bundas. E a palavra acabou pegando no lugar mais saliente. Estruturalmente, na raça humana, as nádegas são formadas dos músculos que movimentam as pernas e é também o local onde é armazenada a gordura para formação de um feto.

É certo que o bumbum é um fetiche e como todo fetiche ele muda as coisas de lugar no corpo da mulher e do homem. A boca pode estar nos olhos, e o bumbum ao invés de ser apenas a parte de trás pode ser o protagonista do prazer. Que se morde, se prova, se afaga ou dá uns tapinhas.
Bumbum é ao mesmo tempo voluptuoso ou uma polpa gloriosa se for grande, cadeiras charmosas ou ancas graciosas se for médio, e dois pequenos  docinhos se for pequena, mas pode, todas elas, ser também carinhosamente um delicado pompom de coelhinha.