Desejo não é pecado

“Amor é o desejo irresistível de ser irresistivelmente desejado.” (*Robert Frost)

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Infidelidade.com.br

Cada vez mais a internet dá vazão ao que se esconde no oculto do ser humano, aos seus desejos inconfessáveis socialmente, mas que em segredo em sua casa ou em qualquer lugar longe dos olhos e do julgamento dos outros ele posa praticar livremente. Já se usa com muito sucesso a rede mundial como forma de conhecer pessoas através das inúmeras ferramentas que os computadores interligados oferecem, já se utiliza sua liberdade seja através do anonimato ou mesmo da super exposição da imagem, como forma de se relacionar com o mundo virtual. Seguindo esse raciocínio encontramos na grande rede sites que oferecem toda sorte de comportamento humano, e a traição não ficaria mesmo muito tempo fora disso.
Sabe-se que a traição virtual já é uma prática largamente usada, mas não de maneira digamos “oficial”. Usando esse nicho de pessoas ávidas por experiências fora de seus relacionamentos de forma discreta, o site  Ohhtel (http://www.ohhtel.com/ acaba de ser lançado no Brasil. O site, que tem sua base nos EUA, começou a oferecer seus serviços com.br.Esse espaço virtual, que tem como subtítulo a frase:  Uma maneira discreta de se ter um caso”, atrai gente interessada em pular a cerca sem correr riscos.
A coisa funciona mais ou menos como uma rede social onde a promessa é achar amantes discretos para os clientes cadastrados de acordo com um perfil escolhido.
A vice-presidente do site, a brasileira Laís Ranna, antes já havia trabalhado em outro projeto polemico e curioso: Uma rede social que ajuda mulheres a encontrar homens ricos. Segundo a filosofia do site esse seria “o verdadeiro segredo para um matrimônio duradouro”. Essa idéia já é usada no Second Love, outro site especializado em traições.No Ohhtel os cadastros são gratuitos para as mulheres, mas os homens interessados precisam pagar uma taxa inicial de R$ 60 reais. Com o passar do tempo, caso o usuário queira ampliar a lista de contatos, precisará mudar a conta e, com isso, pagar mais. O site não interfere no que diz respeito aos encontros, ficando essa parte por conta e risco dos interessados.
O casamento vive sendo vilipendiado e considerado como “uma instituição falida” desde os tempos dos hippies que pregavam o amor livre e consideravam a união estável de um casal como algo careta e ultrapassado.Os autores desses sites dizem que seus produtos seriam uma alternativa ao divórcio e de acabar com a monotonia de seus relacionamentos muitas vezes desgastados e sem sexo.A traição conta com o “glamour” de uma aventura emocionante e nesses sites o cadastro permite visualizar fotografias ou fazer contatos.A empresa realizou uma pesquisa como projeção do negócio e descobriu que tem 15 milhões de brasileiros vivendo de forma marital mas sem sexo.
Segundo os administradores do site se uma pessoa está em um casamento de longo prazo e o parceiro perdeu o interesse sexual, ela tem três escolhas: continuar casada numa vida de castidade; um divórcio, dividindo filhos, bens etc. ou procurar sexo em outro lugar. O site garante que há segurança e total privacidade em seu sistema porque ninguém tem acesso às informações pessoais de seus usuários. Quem entra tem que concordar com termos de condições do site, as pessoas têm opção de colocar sua foto de forma privada, só vê quem tiver sua permissão, o nome do site não aparece na fatura do cartão ou há uma opção de pagar em dinheiro não deixando rastro. E a pessoa não precisa colocar o seu nome para se inscrever, apenas tem que por idade e sexo. È proposto que a pessoa use um apelido e não seu e-mail pessoal, mas crie um e-mail só para isso.

P.S.: Pessoalmente eu não me cadastraria no site, acredito que essas novas liberalidades façam parte de uma frente ampla que objetiva uma sociedade desprovida de valores mínimos de convivência saudável onde a liberdade tem seu significado totalmente deturpado. Sem utilizar de moralismos, mas me baseando que o convívio entre duas pessoas só deve ser mantido enquanto for verdadeiro e o dialogo é a melhor saída para qualquer situação, me oponho a essa prática.È o sacrifício que cada um faz em uma relação monogâmica que dará a dimensão de sentido a ela e quando não há mais prazer na convivência com seu parceiro, ela deve ser rompida.
Para os mais ousados e que queriam experimentar seus limites na vida de casado, há a opção do swing, ou troca de casais.

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