O grande desafio é nos manter vivos nesses tempos mortos, é
não deixar sangrar de novo esses nossos corações cicatrizados. Nós, os
sensíveis, um dia teremos nossa vez, nossa chance de mostrar ao mundo que
sentimento é o único caminho para a luz. Sairemos das nossas jaulas antes que
seja tarde demais, não seremos nunca mais vistos como bobos, mas com admiração
pela nossa breve, porém intensa existência, que acorda os homens e adormece os
meninos. Que encanta as mulheres e afaga as meninas.
É por isso que eu tenho comigo um segredo e uma oração. O
segredo eu não posso contar, mas a oração canto para me salvar: Antigamente eu era eterno, passei a ser efêmero
quando deixei de crer no infinito. Por isso peço que volte ao meu pensamento,
com mais força que a desesperança, a certeza que existo para cumprir uma nobre
missão. A confiança que meu caminho por mais torno que seja me levará
exatamente onde tenho que ir. Peço que minha mensagem possa ser levada pelos
anjos aos ouvidos de Deus. E o bater de suas asas eu possa sentir toda noite
antes de dormir.”
(Neo Venturni – ou outra
maneira de dizer que não sou eu)
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