Louco? É muito pouco, é maluco, doido, pirado mesmo. Mas toda
essa insanidade considerada loucura para o mundo “normal” na verdade é a cura e
não a doença. O questionamento é o antidoto contra o veneno da alienação.
Não existe liberdade plena, porém com um par de asas pequenas
e tortas dá para levitar um pouco acima do padrão, para sobrevoar o senso
comum.
Nadar contra a maré é mais difícil do que a favor da
correnteza. Mas quem quer se opor ao modo de viver e de pensar da maioria das
pessoas? Só o louco não tem essa preguiça. Onde os normais enxergam sensatez,
os malucos veem falta de coragem.
Só quem é pirado não entra nesse jogo de cartas marcadas e
não rotula e nem permite que lhe colem na testa um atestado de pessoa comum. Aquele
diploma conferido aos normais que são os competidores dessa luta constante por
espaço e visibilidade, um diminuindo o outro para ocupar o seu lugar. Pisando
na cabeça do colega e se apoiando nos ombros de um amigo só para ficar mais
alto. Falando pelas costas, fofocando nas rodas e pela frente sorrindo amarelo e
se fingindo de aliado quando na verdade é seu pior inimigo.
Só um doido para ser sincero, afinal não existe loucura
maior no mundo de hoje do que dizer a verdade.
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