Sexo pra mim também é uma forma de fazer arte, porque considero a mulher uma obra de arte, uma escultura viva que ao mesmo tempo em que é misteriosa também está ávida para ser descoberta. Um corpo feito de entalhes e todos aqueles detalhes que nos fascinam na medida certa. Os seios de qualquer tamanho, o bumbum de qualquer formato, o balançar em qualquer ritmo dos braços, enfim todas aquelas curvas e subidas, superfícies por onde deslizamos e túneis por onde somos engolidos e depois cuspidos aos bagaços.
Ao se enfiar nesses buracos, graças ao teu insaciável “quero”, antes que você pisque os olhos nas escuridões, confuso se perguntará: “Onde estão as minhas vontades?”
É só delas aquela maravilhosa energia feminina que suaviza e te perfuma a vida, e que no mesmo espaço permite, como se fosse à coisa mais normal do mundo, o convívio não - pacifico de estranhas ambigüidades, como a impaciência de mãos dadas com a sensibilidade. É só delas aquele mesmo corpo lânguido que sente profanamente um prazer intenso quando goza, e que também poderá ser divinamente o berço de sua maternidade. Numa mulher como numa casa, a mesma porta que é feita de entrada, também será usada como saída.
A mulher é o seu corpo e as suas múltiplas vontades, tem horas que elas querem ser protegidas por um bravo herói, em outras devoradas pelo mais cruel e terrível lobo da floresta. Por isso que tem mulher que é boa e mulher que não presta, tudo depende das personalidades. É de acordo com o que elas pensam que tudo mais se define em suas vidas. E nas nossas também, companheiras. São decisões que vão da profissão que escolhem ao homem com quem se casam, do que sai pela boca ao que entra pelos olhos, de como cuidam do corpo a como vão cuidar da cabeça, se vão ficar por cima ou se gostam de ficar por baixo, da quantidade de filhos que vão ter a se vão ser fiéis ou não, do que gostam e do que não gostam de comer, do tipo de sapato que calçam ao comprimento da saia que usam.
Homens e meninos saibam! Não é pelo rosto, tamanho das “ancas” ou através de qualquer outra superficialidade que vocês saberão quem elas são ou o que elas querem. “Muié” tem dia que é fruta docinha igualzinha manga, mas têm outros em que é fera, bicho esquisito que todo mês sangra, com uma mão faz carinho, mas com a boca te arranca pedaçinho por pedaçinho. Ou elas te levantam e te apóiam ou terminam sugando devagarzinho todo seu mel. E isso não é privilégio nem meu e nem seu. Não tem saída, tem que conviver pra saber. E se sobreviver a elas, faça como eu que falo sempre.
Toda obra de arte é um quadrado mágico porque estimula o intelecto, a sensibilidade, a emoção e a libido. É assim que acontece quando um homem ama uma mulher, nessa mistura de corpo e personalidades é que a arte acontece, ele quer saber tudo sobre ela, quer sentir o que ela sente e que ela o faça sentir diferente. Por mais “cabra macho” que o camarada for, pode ter certeza que um dia ele também chora por amor. E de tanto desejo e tesão que elas nos provocam, com todo respeito às outras opções sexuais, mas mulher é bom demais!
Um comentário:
Nossa!!!!!
Ah...André é tão raro encontrar um poeta que Descreva e, principlmente, Sinta a mulher....
Teu texto está lindooooooo demais querido.
Grata em nome das mulheres que anseiam - às vezes por muito tempo - "escutar" através de mágicas palavras a sua essência, a sua verdadeira natureza, a sua frágil e, por isso mesmo, tão forte condição de ser Humana e de conceber Vidas. Todas.
É sempre, sempre um grande prazer abrir teus e-mails. Já estou viciada no teu jeitinho carinhoso,amável,terno de deixar tuas palavras tomarem conta da gente, assim: sutilmente ou no susto mesmo, rsrsrs...
Meu respeito pela tua sensiblidade, meu carinho pelo poeta que mora dentro de ti.
Abração!!
Postar um comentário