Desejo não é pecado

“Amor é o desejo irresistível de ser irresistivelmente desejado.” (*Robert Frost)

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

A irmã mais nova


A irmã mais velha e a irmã mais nova quando saem juntas não usam a mesma roupa, isso seria ridículo, mas fazem a mesma trança nos cabelos. Nos bares e boates por onde vão são assediadas pelos caras que ficam fascinados pelo charme e pela semelhança física entre as irmãs.Embora a mais velha, dois anos a mais do que a mais nova, seja um pouco só mais alta.Já a mais nova possui a boca mais carnuda, puxou o pai.Numa dessas saídas um rapaz simpatizou com elas.Com as duas ao mesmo tempo.Elas acharam engraçada e excitante aquela situação e resolveram brincar.Você não agüenta nós duas, nós somos demais pra você! Agüento sim, claro que agüento.Meu sonho é transar com duas mulheres, e com duas irmãs ao mesmo tempo então seria algo fantástico.Os três subiram no carro dele e seguiram para um motel.Elas não combinaram nada, mas aquele instinto fraternal que tinham não precisava de palavras.Assim que ele encostou na garagem do quarto as duas desceram do carro e saíram correndo.O cara ainda tentou alcançá-las, mas por ser um pouco gordo, elas foram muito rápidas e nem deram chance a ele que também era careca.Fizeram uma apoio a outra.A mais nova foi até o topo do muro e puxou  a mais velha.Pularam o muro e saíram rindo, rindo da mesma maneira que faziam quando eram crianças e seus pais ainda estava casados.
A irmã mais nova foi visitar o filho e dessa vez quis levar seu namorado. Na ida foram felizes, uma viagem sempre trás ar fresco a qualquer relação. Chegando lá ela recebeu um afetuoso abraço do filho, ele estava morrendo de saudades dela. A ex-sogra não foi tão cortês, aliás, ela nunca tinha sido, nunca disse, mas dava pra perceber que nunca aprovou o que ela e seu filho tinha feito.O namorado ficou meio deslocado, seu filho ficava olhando pra ele, mas não se aproximava.A verdade era que o rapaz não tinha o menor jeito com crianças.Ela percebeu, mas era melhor deixar isso para mais adiante, queria aproveitar o pouco tempo com o filho.Saíram para passear, foram ao zoológico.A noite o rapaz foi posto para dormir no sofá da casa.Ela dormiu com o filho no quarto, mas no meio da noite se levantou para transar com o namorado.Ele se mostrou meio indiferente.Essa situação não me dá o menor tesão.Essa fala dele a broxou, a deixou extremamente decepcionada.Mesmo assim eles fizeram no escuro e no silencio.Enquanto ele a penetrava ela sentia só ódio e nojo de si mesma.
Na manhã seguinte tomaram café da manhã juntos, ela teve um bom tempo sozinha com o filho. Conversou com ele .Estou preocupada com suas atitudes violentas na escola.Do que você tem raiva? Mamãe te ama e logo volto pra te buscar e você morar junto de mim! Subiram no carro e ela chorava feito criança vendo seu filho se afastar dela nos braços da avó que a odiava. Ao seu lado um homem que parecia insensível  e só queria curtir a vida.Ela não queria tomar uma decisão agora, estava se sentindo muito triste por não poder criar o filho, resolveu se anestesiar ao lado dele.Pararam num bar para tomar vodka.Beberam muito até dormirem sentados na mesa.Acordaram o dono do bar os enxotando.Terminaram de dormir dentro do carro, fazia um calorão e nem mesmo as janelas do carro abertas amenizavam.A irmã mais nova abriu a porta e vomitou muito, parecia que vomitava toneladas, vomitava a raiva da relação ruim que vivia, vomitava o ódio por não ser capaz de cuidar do próprio filho, vomitava a antipatia que sentia pelo trabalho que desempenhava no seu emprego, vomitava a si mesma pelo boca, como se quisesse expulsar de dentro dela o que de ruim tinha.Ela desceu do carro foi lava a boca no banheiro, se olhou no espelho estava péssima, como maquiagem borrada e com a boca sem batom e quase cor.Quando voltou ao carro encontrou o rapaz já acordado fumando um cigarro.Vamos embora, estou cansada, disse pra ele.Não vamos ficar aqui mais um pouco, preciso melhorar mais antes de pegar a estrada.Vem cá me faz um carinho.E ele se deitou no colo dela.Acabaram se beijando e a coisa foi esquentando tanto que transaram ali mesmo.O carro estava estacionado na parte de trás daquele bar de estrada onde caminhoneiros e viajantes de todos os tipos paravam.Ela notou que um caminhoneiro os viu transando e se masturbava na cabine.Aquilo a excitava.Aliás tudo que não era comum a excitava e ela não entendia o porque.
Chegou ao apartamento, domingo de noite, quase madrugada.Nossa você está péssima, nem parece que viu seu filho.Como está aquele moleque lindo.A irmã mais velha pergunta pra mais nova.Depois daquele dia nunca mais ligou pro rapaz que namorava, ele ainda a procurou, mas ela não quis mais saber.Estava na hora de seguir o caminho, das relações casuais e rápidas, da falta de profundidade.
Ela estava novamente de volta a superfície.

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