Desejo não é pecado

“Amor é o desejo irresistível de ser irresistivelmente desejado.” (*Robert Frost)

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Pequenos lábios


Nota: Texto ficcional com conteúdo erótico, portanto se o leitor for menor de idade ou não gostar de tal gênero, delete imediatamente a mensagem e não leia nada do que vier a seguir.O titulo do texto refere-se a anatomia do órgão sexual feminino, a vulva, especialmente aos lábios vaginais que são compostos de pequenos e grandes lábios.A semelhança com terminologia usada para a boca humana inspira esse texto. Os lábios vaginais têm forma, textura e coloração parecidos com a boca. Os lábios das “bocas” da mulher agem em uníssono quando vem a excitação: ficam mais túrgidos, mais rubros e mais sensíveis.

Eu era freqüentador habitué da biblioteca da universidade, além dos livros de economia, cálculo e comércio exterior que usava para elaborar trabalhos e seminários, estavam entre minhas leituras preferidas livros de literatura nacional e internacional.Minha carteirinha dava direito a só 5 livros por semana, mas com o tempo e um pouco de conversa consegui flexibilizar minha cota para sete.Porém, para tanto, foi necessária uma estratégia de negociação. Geralmente as bibliotecárias que trabalhavam no prédio 11 da biblioteca eram mulheres já bem maduras e pouco sensuais. Uma pena porque a maturidade de corpos femininos sempre me atraiu, talvez algo edipiano, talvez um fetiche, de qualquer maneira nunca deixei de me sentir atraído por alguém com mais experiência do que eu.Mas definitivamente as bibliotecárias do prédio 11 eram ranzinzas demais para provocar qualquer tipo de desejo.
Entretanto, numa sexta-feira havia uma bibliotecária nova, uma que nunca tinha visto antes. Uma jovem moça que usava óculos de armação azul, tinha um ar de intelectual e ao mesmo tempo de simpatia. Depois de reparar nela fiquei entretido em minhas leituras até as dez e meia e nem percebi que eu era o único que ainda estava lá na biblioteca. A moça chegou pertinho de mim, estava recolhendo os livros. Meu instinto masculino farejou seu perfume. O cheiro de uma mulher diz muito sobre sua personalidade. Ela estava provavelmente usando um Dolce & Gabbana, Light Blue feminino, de notas floral/frutal,  a intensidade do jasmim e o encanto da rosa branca, fundindo-se  as madeiras cítricas, ao âmbar e à delicada carícia do almíscar.Tudo isso significa que ela era do tipo sexy, mas que por postura estava sendo discreta no ambiente de trabalho.Mas já tinha disparado em mim o processo de desejo.
- Eu já estou indo embora viu, não quero te atrasar, imagino que você está louca para sair voando daqui nessa sexta-feira.
- Imagina esse é meu trabalho, costumo ficar aqui até ás onze. – a moça tinha um sorriso lindo, usei a estratégia de puxar papo sendo gentil, isso sempre funciona, a abordagem masculina é um calcanhar de Aquiles no jogo da sedução, a maioria dos caras sempre erra o tom na hora de se aproximar de uma mulher.Acaba assustando mais do que aproximando.
- Venho sempre a biblioteca e por isso não pude deixar de notar que voce é nova aqui.
- É verdade eu sou estagiária, estou a pouco tempo trabalhando nesse prédio – Nesse momento eu já estava com alguns livros na mão e pude reparar ainda mais na moça.A abordagem prossegui agora tentando adquirir informações e usando um tom de maior intimidade.
- Também não pude deixar de notar a sua simpatia em contraste com a sisudez das outras bibliotecárias, é até agradável vir aqui estudar- Ganhei um largo sorriso e bochechas vermelhas. A bochecha parece ser a parte mais suave de todo o corpo feminino, uma mulher que cora diante de um comentário é charmoso,  tem consciência de sua sexualidade, mas ainda preserva uma certa pureza juvenil.
Consegui que de certa maneira ela entrasse na minha. Numa rápida conversa é possível se saber muita coisa de alguém. Em cinco minutos eu já sabia que ela era solteira e que voltava pra casa de ônibus, pois morava com os pais na zona sul.Antes de oferecer uma carona resolvi alongar nossa conversa.
- Estou te atrapalhando? Não quero te atrapalhar heim.
- Não, não imagina, estou adorando conversar com você, não conheço ninguém por aqui, por isso é tão bom fazer uma amizade – pronto, já tinha conseguido o que eu queria.Esperei ela fechar a biblioteca e ofereci carona.Ela primeiro recusou, mas não demorou muito acabou aceitando.
Ao sair de seu ambiente de trabalho pude notar que ela se transformou um pouco, ficou mais solta, trocou de roupa no vestiário e isso mudou bastante sua aparência, um decote em sua blusa revelava o que o perfume já tinha me sinalizado, havia uma jovem sexy mulher ali. As meias-esferas de seus seios reveladas davam idéia, reparei em suas pernas longas, um homem quando olha para as pernas de uma mulher não consegue evitar imaginar o vértice, o ponto em que elas se encontram, seus pares de pernas funcionam como uma flecha que indica a “terra prometida”. O trânsito ajudou dessa vez, fez com que o caminho fosse mais longo, a conversa fluía. Ela usava um salto alto branco, unhas bem pintadas em pés delicados. O meu fascínio por ela estava em seu ápice, sentado ao meu lado no banco do carona eu mal conseguia me controlar em querer tocar seus joelhos quando mudava de marcha.
Chegamos à porta de seu prédio, ela me deu um abraço apertado, agradeceu...mas para mostrar minha intenção , que estava muito além da gentileza ou do favor, apertei ela mais forte ainda durante o abraço e deixei que percebesse que inspirei profundamente seu perfume que estava impregnado ao seu pescoço. Ao final do abraço ela deu um sorriso encabulado, havia percebido meu sinal não-verbal que havia uma atração. Eu por minha vez reconheci em seus sinais um consentimento, uma possibilidade de envolvimento e sem pensar muito beijei sua boca.
No inicio o beijo foi tímido, lento e suave, mas passados alguns segundos houve uma aceleração, ao toque das línguas senti a excitação explodir em mim e remexer nela. Sua boca pequena de lábios úmidos guardava aquele mistério então revelado na troca de salivas e carinhos quentes.
- Melhor pararmos por aqui, não me sinto a vontade em fazer isso na frente do meu prédio. – A moça possuía aquilo que mais me fascina numa mulher, o misto de prudência e ousadia. Aceitei imediatamente sua condição elogiando seu beijo, seu perfume, trocamos os números de telefones e ela desceu do carro sorrindo bastante. E eu que já era assíduo freqüentador da biblioteca troquei os bares pelas estantes e mesas. O que foi bom pra mim em dois aspectos. O primeiro intelectual, conseguia emprestar mais livros e por isso ler mais e o segundo sexual porque estava fazendo amor com freqüência com uma bela mulher.
Depois daquele dia as caronas não tiveram mais como único destino a porta do prédio da moça, e foi nas alcovas dos motéis paulistanos que conheci os outros lábios dela, seus pequenos lábios vaginais desenvolvidos e macios.

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